Diário Oficial Eletrônico do Município de Joinville nº 2862
Disponibilização: 10/12/2025
Publicação: 10/12/2025
Edital SEI Nº 27819814/2025 - SDE.UEC
Joinville, 10 de dezembro de 2025.
EDITAL DE CONSULTA PÚBLICA AO MERCADO PARA SOLICITAR INFORMAÇÕES RELEVANTES SOBRE PROJETOS DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA DE INOVAÇÃO
O Município de Joinville, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura de Joinville, com sede na Rua Max Colin, 550 – América – 89204-040, Joinville – SC, neste ato representada pelo Sr. William Escher, Secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, torna público que se acha aberta CONSULTA PÚBLICA com o objetivo de receber de pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, informações necessárias à definição do objeto de eventual contratação pública, em conformidade com os termos estabelecidos neste Edital e em seus anexos.
1. CONTEXTO E JUSTIFICATIVA
1.1. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura de Joinville, no exercício de suas competências e observando o interesse público, tem como missão estratégica posicionar o Município como referência em inovação e desenvolvimento sustentável, promovendo e fortalecendo um ecossistema dinâmico, inclusivo e tecnologicamente avançado.
1.2. Para o alcance desse objetivo, o Município vem implementando iniciativas voltadas ao fomento do desenvolvimento tecnológico, da criatividade e do empreendedorismo, destacando-se, entre outras, programas de apoio a startups, ambientes de experimentação regulatória e projetos de modernização da gestão pública.
1.3. Em conformidade com o Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador (Lei Complementar nº 182/2021) e o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016), o Município de Joinville pretende inaugurar o uso de instrumentos de Compras Públicas de Inovação. Tal medida contribui para o fortalecimento da competitividade e para a geração de oportunidades a empreendedores, Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), startups e empresas consolidadas.
1.4. Este procedimento busca receber informações de potenciais fornecedores para a eventual Contratação Pública de Soluções Inovadoras para os 9 (nove) desafios listados na tabela abaixo e detalhados no Anexo I:
DESAFIO
TÍTULO
1
Como melhorar a mobilidade de Joinville a partir da mensuração do impacto real de acidentes de trânsito para orientação inteligente de investimentos de infraestrutura e realização de planejamento urbano?
2
Como podemos obter melhores resultados de ensino ao garantir que os professores da rede municipal apliquem práticas pedagógicas personalizadas, atualizadas e alinhadas às diretrizes municipais e às melhores práticas internacionais?
3
Como podemos promover ainda mais sustentabilidade no município de Joinville ao viabilizar o tratamento de efluentes de esgoto com uma solução compacta, com qualidade, velocidade de instalação e aceitação social?
4
Como podemos implementar gestão eficiente de ponta-a-ponta de resíduos de construção civil?
5
Como podemos unificar o atendimento de saúde, educação e esportes para neurodivergentes?
6
Como podemos aprimorar o patrulhamento e a segurança de patrimônios e da população ao realizar o treinamento tático da Guarda Municipal de Joinville diminuindo despesas e dificuldades com munições e demais infraestruturas adequadas?
7
Como podemos melhorar a tomada de decisões a partir de informações confiáveis e detalhadas sobre o fluxo turístico?
8
Como podemos aprimorar os serviços de saúde por meio de gerenciamento mais ágil e seguro da execução dos serviços de prestadores credenciados da Secretaria de Saúde de Joinville?
9
Como podemos gerir de forma integrada o ciclo de vida completo de obras, manutenção e serviços de infraestrutura?
2. OBJETO DA CONSULTA PÚBLICA
2.1 Este procedimento busca receber informações de potenciais fornecedores, bem como identificar se há soluções existentes ou a serem desenvolvidas totalmente ou incrementalmente.
2.1.1 Divulgar informações e especificações dos desafios, contendo informações públicas relevantes e disponíveis até o momento, figuram no Anexo I (Desafios de 1 a 9) deste Edital.
2.2 Para fins desta Consulta Pública, considera-se solução inovadora aquela que traga novidade no contexto municipal e, de igual forma, potencial de ganho de eficiência, podendo incluir produtos, serviços, processos, modelos de negócio ou a combinação destes elementos, em estágio de adoção, customização ou desenvolvimento completo ou parcial.
2.2.1 A realização desta consulta pública atende aos seguintes objetivos:
a) mapear potenciais fornecedores e propiciar a interação da Administração com a sociedade em geral;
b) melhorar a compreensão do problema e das necessidades expostas pelo órgão ou entidade contratante;
c) divulgar o projeto ao mercado e coletar comentários e sugestões sobre o seu teor;
d) reduzir a assimetria de informações entre o órgão ou entidade contratante e o setor privado;
e) identificar possíveis soluções alternativas, já disponíveis no mercado, que possam solucionar o problema existente e/ou a necessidade do órgão ou entidade contratante;
2.3 Sem prejuízo de outros aspectos reputados relevantes pelos interessados e pertinentes ao objeto desta consulta pública, esperam-se dos participantes respostas sobre os seguintes quesitos e critérios:
a)Possíveis soluções já disponíveis no mercado, que precisem de desenvolvimento total ou incremental, que possam resolver o problema descrito ou sanar as necessidades da Administração;
b) Propostas de soluções/trilhas tecnológicas para o problema apresentado, com apresentação de suas especificações técnicas e operacionais, funcionalidades desejadas e estágio de desenvolvimento da tecnologia, com indicação do TRL (Technology Readiness Level), se aplicável;
c) Requisitos mínimos de capacidade técnica, profissional e operacional necessários para o desenvolvimento e implantação da solução;
d) Indicação das origens (nacional e/ou internacional, se for o caso) de materiais e insumos necessários ao desenvolvimento e implantação da solução;
e) Potenciais fornecedores que atuam no mercado, nacional e internacional, e que possam contribuir com a execução do objeto do futuro contrato;
f) Etapas, tempo estimado e proposta de cronograma físico-financeiro para o desenvolvimento, testagem e implantação da solução apresentada;
g) Detalhamento de como se dariam os testes da solução em ambiente controlado e em ambiente real, apontando passos e procedimentos;
h) Custo estimado de cada etapa e programação financeira para a entrega completa da solução;
i) Modalidades de remuneração (preço fixo ou reembolso de custos) e eventuais incentivos adicionais, fixos ou variáveis, vinculados a desempenho ou resultados alcançados;
j) Arranjos de propriedade intelectual, abrangendo, quando aplicável, patentes, softwares, dados, código-fonte e outros ativos, bem como as condições de titularidade, licenciamento e compartilhamento, incluindo sugestões de regras para a propriedade intelectual desenvolvida durante o contrato (propriedade do órgão, cotitularidade, ou licença de uso exclusiva/não exclusiva).;
k) Métricas de desempenho e avaliação de resultados para fiscalização, monitoramento e controle da execução contratual;
l) Riscos tecnológicos, operacionais e regulatórios identificados, com sugestão de estratégias de mitigação;
m) Impactos esperados (econômicos e financeiros - incluindo a redução de custos operacionais -, sociais e ambientais) da implementação da solução no município de Joinville;
n) Outros aspectos determinantes para o desenvolvimento e a execução da solução buscada.
2.4 Não é necessária a apresentação de informações sobre todos os pontos elencados no item anterior, facultando-se aos interessados realizar contribuições sobre qualquer dos critérios mencionados, no todo ou em parte.
2.5 Esta consulta não se confunde com o edital de qualquer modalidade de contratação pública e não gera obrigatoriedade de contratação posterior. Sendo sua finalidade levantar conhecimento para tomada de decisão e elaboração de plano de continuidade para resolução dos desafios, a depender do resultado da análise e conclusão desta etapa de consulta pública.
3. CRONOGRAMA
3.1 Estimam-se, na tabela abaixo, os seguintes prazos e etapas para a consulta pública:
Etapas
Data
Publicação do edital de consulta pública
11/12/2025
Recebimento de dúvidas
11/12/2025 a 10/01/2026
Esclarecimento de dúvidas
12/01/2026 a 14/01/2026
Recebimento das respostas e propostas via formulário
11/12/2025 a 16/01/2026
Análise das contribuições recebidas
19/01/2026 a 23/01/2026
Publicação do compilado das respostas e propostas recebidas via formulário.
27/01/2026
3.2 As datas indicadas no item anterior são meramente indicativas e buscam conferir publicidade ao planejamento interno da Administração, sem caráter vinculante.
3.3 O cronograma poderá ser alterado sem prévio aviso, mediante publicação em site oficial do Município, e a sua alteração não gera qualquer direito à indenização.
4. PARTICIPAÇÃO NA CONSULTA PÚBLICA
4.1 Qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, poderá contribuir com a apresentação de informações pertinentes ao objeto da consulta, nos termos do formulário de participação que consta no link https://forms.gle/fXFd8Ky9CuPQrKCs7.
4.2 A realização da consulta pública não vincula a Administração a realizar procedimento licitatório ou contratação direta relativo ao objeto dela decorrente.
4.3 As respostas devem ser apresentadas exclusivamente por meio do formulário eletrônico, desde a data de publicação deste Edital e até o dia 16/01/2026.
4.4 O Município de Joinville - SC emitirá aviso de recebimento a todos os participantes após a conclusão do prazo para o recebimento das respostas.
4.5 Faculta-se aos interessados anexar às suas contribuições os seguintes elementos:
a) Arquivo com apresentação em formato PDF, PPT ou compatível;
b) Fotos, gráficos, tabelas, croquis, ou outros desenhos técnicos, se aplicável;
c) Link de vídeo ou mídia que demonstre o funcionamento de soluções alternativas disponíveis no mercado;
d) Outros recursos audiovisuais pertinentes ao objeto da consulta.
4.6 Não haverá qualquer forma de remuneração, indenização ou apoio financeiro para a realização das atividades previstas neste Edital. Os participantes arcarão integralmente com todos os custos decorrentes de sua participação na consulta pública, incluindo tributos, encargos, serviços de qualquer natureza, recursos humanos, infraestrutura e quaisquer outros ônus.
4.7 A participação na consulta pública não confere aos participantes nenhuma exclusividade, vantagem ou preferência em eventual procedimento de contratação que venha a ser realizado no futuro pela Administração.
5. RECEBIMENTO E ANÁLISE DAS RESPOSTAS
5.1 O Município de Joinville - SC receberá as respostas e os documentos que as acompanham, podendo solicitar aos participantes eventuais informações complementares por mensagem enviada ao correio eletrônico informado ao enviar as respostas à consulta.
5.2 A análise das manifestações recebidas será compilada em relatório e poderá ser utilizada como parte integrante de eventual processo de Contratação Pública de Solução Inovadora (CPSI).
5.2.1 Não haverá devolutiva individual a cada participante.
5.2.2 Faculta-se, a critério do Município de Joinville - SC, a realização de reunião aberta, seminário ou oficina para discussão pública das contribuições apresentadas na consulta pública.
5.3 Os dados e informações recebidos sobre a viabilidade técnica, custos, benefícios, riscos, etapas, entregas, prazos de execução e demais aspectos pertinentes ao objeto desta consulta pública poderão ser considerados, no todo ou em parte, para a elaboração dos documentos que servirão de base para eventual contratação.
6. DÚVIDAS E ESCLARECIMENTOS
6.1 Eventuais dúvidas sobre a consulta pública devem ser encaminhadas ao correio eletrônico sde.uec@joinville.sc.gov.braté 06/01/2026. Os esclarecimentos serão prestados pela Prefeitura de Joinville - SC entre 07 e 09/01/2026 e serão divulgados no site oficial do Município.
7. INFORMAÇÕES E DADOS PESSOAIS
7.1 Os participantes autorizam que a Administração utilize as informações recebidas nesta consulta pública, no todo ou em parte, para a eventual confecção de editais de licitação, Termos de Referência, minutas de contrato e outros documentos congêneres, mesmo sem indicação de autoria.
7.2 As manifestações enviadas pelos interessados serão anexadas aos autos do processo, ressalvadas eventuais informações de natureza industrial, tecnológica ou comercial que devam ser mantidas sob sigilo, nos termos do artigo 22 da Lei nº 12.527/2011 (“Lei de Acesso à Informação”). A Administração tratará como confidenciais as informações que:
7.2.1 Tenham sido expressamente indicadas como confidenciais pelos interessados;
7.2.2 Forem objeto, por parte dos interessados, de medidas de precaução razoáveis para evitar que seu conteúdo seja divulgado.
7.3 Na coleta e no tratamento de dados pessoais dos participantes desta consulta pública, bem como de seus profissionais, empregados, prepostos, administradores e/ou sócios, serão observadas as normas legais e regulamentares aplicáveis, em especial, a Lei nº 13.709/2018 (“Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais”) e Decreto nº 44.844, de 25 de novembro de 2021, que dispõe sobre a aplicação a Lei Federal pelos órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta do Município de Joinville.
8. DISPOSIÇÕES FINAIS
8.1 Para a contagem dos prazos previstos neste Edital, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento. Os prazos indicados em dias corridos, quando vencidos em dia não útil, prorrogam-se para o dia útil subsequente.
8.2 Quando não realizadas mediante publicação em site oficial do Município, eventuais comunicações dirigidas aos participantes serão efetuadas por mensagem enviada ao correio eletrônico informado ao enviar as respostas à consulta.
8.3 A Administração poderá revogar, anular ou suspender a presente consulta pública a qualquer momento, sem que isso gere quaisquer direitos aos participantes ou a terceiros.
8.4 Nenhum dos participantes poderá oferecer, dar ou se comprometer a dar a quem quer que seja, tampouco aceitar ou se comprometer a aceitar de quem quer que seja, por conta própria ou por intermédio de outrem, qualquer pagamento, doação, compensação, vantagens financeiras ou benefícios de qualquer espécie relacionados de forma direta ou indireta ao objeto desta consulta pública, o que deve ser observado também por eventuais prepostos, colaboradores e subcontratados. O descumprimento poderá levar à aplicação das sanções cíveis, penais e administrativas cabíveis, bem como à instauração de processo administrativo de responsabilização previsto na Lei Federal nº 12.846/2013 (“Lei Anticorrupção”).
8.5 Os participantes e agentes públicos que atuarem nesta consulta pública observarão as vedações e impedimentos da legislação que disciplina a prevenção de conflitos de interesse, em especial a Lei nº 12.813/2013 (“Lei de Conflito de Interesses”) e Lei Municipal nº 8.772/2019 (Programas de Integridade - Compliance)
8.6 Fica eleito o foro da comarca de Joinville - SC para dirimir questões decorrentes desta consulta pública que não sejam resolvidas na esfera administrativa.
8.7 Integram o presente Edital:
Desafio 1 – Como melhorar a mobilidade de Joinville a partir de mensuração do impacto real de acidentes de trânsito para orientação inteligente de investimentos de infraestrutura e realização de planejamento urbano?
Desafio 2 – Como podemos obter melhores resultados de ensino ao garantir que os professores da rede municipal apliquem práticas pedagógicas personalizadas, atualizadas e alinhadas às diretrizes municipais e às melhores práticas internacionais?
Desafio 3 – Como podemos promover ainda mais sustentabilidade no município de Joinville ao viabilizar o tratamento de efluentes de esgoto com uma solução compacta, com qualidade, velocidade de instalação e aceitação social?
Desafio 4 – Como podemos implementar gestão eficiente de ponta-a-ponta de resíduos de construção civil?
Desafio 5 – Como podemos unificar o atendimento de saúde, educação e esportes para neurodivergentes?
Desafio 6 – Como podemos aprimorar o patrulhamento e a segurança de patrimônios e da população ao realizar o treinamento tático da Guarda Municipal de Joinville diminuindo despesas e dificuldades com munições e demais infraestruturas adequadas?
Desafio 7 – Como podemos melhorar a tomada de decisões a partir de informações confiáveis e detalhadas sobre o fluxo turístico?
Desafio 8 – Como podemos aprimorar os serviços de saúde por meio de gerenciamento mais ágil e seguro da execução dos serviços de prestadores credenciados da Secretaria de Saúde de Joinville?
Desafio 9 - Como podemos gerir de forma integrada o ciclo de vida completo de obras, manutenção e serviços de infraestrutura?
Joinville, 11 de dezembro de 2025
William Escher
Secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação
ANEXO I
ESTUDOS PRELIMINARES
Desafio 1: Como melhorar a mobilidade de Joinville a partir de mensuração do impacto real de acidentes de trânsito para orientação inteligente de investimentos de infraestrutura e realização de planejamento urbano?
Descrição do problema: A cidade de Joinville/SC enfrenta um desafio na gestão da segurança viária, marcado pela dificuldade em obter dados de acidentes de trânsito de forma precisa e georreferenciada. O problema central reside na ausência dos dados de acidentes de trânsito quanto à sua localização precisa e na falta de rastreamento das consequências de saúde e do desfecho das vítimas, o que inclui óbitos ocorridos em até 30 dias pós-acidente.
Contextualização: O Município de Joinville opera atualmente apenas com os dados fornecidos pelo Corpo de Bombeiros Voluntários, que são por vezes imprecisos, frágeis e não incluem os desfechos com as vítimas. Essa lacuna impede a correlação entre o local exato do acidente e o impacto humano e financeiro subsequente. A incapacidade sistêmica de cruzar dados de fontes distintas (entes de trânsito, socorro, saúde e forças de segurança) no mesmo referencial espacial e temporal estendido impede a conversão do evento físico (o acidente na rua) em seu impacto estratégico e financeiro real. Isso ocorre porque os sistemas de registro de acidentes e os sistemas de saúde operam em silos de dados desconectados.
Necessidade: Há a necessidade de uma solução de Inteligência Preditiva de acidentes e custeio social que resolva a incapacidade de rastrear o desfecho das vítimas. É fundamental cruzar dados de fontes distintas para obter a localização precisa dos acidentes e rastrear as consequências de saúde, incluindo o desfecho das vítimas por 30 dias, para que as decisões de engenharia de tráfego, educação, fiscalização e alocação de recursos não sejam baseadas em dados frágeis e incompletos. Uma solução é necessária para permitir a mensuração do custo social, financeiro e a gravidade real dos acidentes de forma sistêmica, o que é essencial para o cálculo do Retorno sobre o Investimento (ROI) da prevenção em segurança viária e para o cumprimento de obrigações legais (Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Joinville e PNATRANS).
Resultados esperados:
Identificação de Alto Risco e Alto Custo: O georreferenciamento cruzado com o desfecho das vítimas permitirá a identificação de trechos que não apenas possuem acidentes frequentes, mas que também geram o maior custo social e de saúde (feridos graves e óbitos).
Análise Preditiva e Profunda: A correlação entre a infraestrutura viária, geometria, sinalização, e a gravidade real dos acidentes levará a insights profundos sobre o que precisa ser alterado para salvar vidas.
Justificativa Financeira (ROI): A quantificação do custo real dos acidentes, saúde, previdência, produtividade, fornecerá a justificativa financeira para alocar fundos em soluções de engenharia mais robustas, demonstrando o Retorno sobre o Investimento (ROI) da prevenção.
Otimização de Recursos: Alocação precisa de engenheiros e equipes de fiscalização nos locais onde a intervenção garantirá a máxima eficácia na redução de vidas perdidas e custos evitados.
Indicadores de Acompanhamento: A mudança será comprovada pelo aumento em 50% na Taxa de Cobertura de Georreferenciamento sobre os pontos de acidentes, e pela Conformidade do rastreamento de 30 dias, percentual de vítimas rastreadas cujo status de desfecho – óbito ou alta/sequela – foi confirmado no 30º dia, conforme o critério legal.
Impactos esperados com a implementação:
Ganhos Econômicos e de saúde pública: A redução dos acidentes de trânsito trará ganhos significativos para a Secretaria de Saúde e o Hospital São José (com redução de gastos hospitalares e de medicamentos).
Impacto na Previdência Social: Redução de custos para o INSS e o Ipreville, decorrente da diminuição de pensão por morte e afastamento de pessoas em idade produtiva. Seguradoras de veículos e a rede particular de saúde também sofrerão impacto positivo com a redução de acessos.
Planejamento e Imagem Institucional: Possibilidade de planejar a cidade embasada em dados concretos, levando Joinville a ser uma cidade referência em segurança no trânsito.
Eficácia Operacional: Planejamento viário, educacional e fiscalização de trânsito mais eficientes e pontuais, trazendo maior segurança no trânsito.
Conformidade Legal: Atendimento integral à legislação vigente, incluindo o cumprimento da obrigatoriedade de fornecimento de dados exigidos pelo PNATRANS.
Benefício Social Amplo: Toda a população será impactada positivamente pela maior segurança e melhor alocação de recursos públicos.
Desafio 2 – Como podemos obter melhores resultados de ensino ao garantir que os professores da rede municipal apliquem práticas pedagógicas personalizadas, atualizadas e alinhadas às diretrizes municipais e às melhores práticas internacionais?
Descrição do problema: O problema central reside na dificuldade de garantir que os professores da rede municipal apliquem, em escala, práticas pedagógicas que sejam simultaneamente personalizadas, atualizadas e rigorosamente alinhadas tanto às diretrizes municipais quanto às melhores práticas educacionais internacionais.
Contextualização: Hoje a rede municipal de ensino tem a necessidade de construir maior alinhamento e personalização pedagógica em escala. A rede tem o objetivo de assegurar que as práticas pedagógicas em sala de aula estejam alinhadas às diretrizes municipais e sejam, simultaneamente, personalizadas para atender à crescente heterogeneidade das turmas, que incluem estudantes com deficiências, transtornos de aprendizagem e diferentes níveis de proficiência. Tem-se como necessidade que os professores acessem materiais de alta qualidade, resultando em planejamentos alinhados e estratégias de alta responsividade à diversidade das turmas. A Secretaria Municipal de Educação (SED) visa aprimorar a capacidade operacional para produzir materiais flexíveis, atualizados e contextualizados para toda a rede. Essa situação permitirá independência de ferramentas externas que não refletem as políticas municipais, e que afetam diretrizes sobre avaliações, formações e materiais de apoio ao planejamento.
Tentativas anteriores para mitigar o problema incluíram formações continuadas com alta taxa de participação e boa recepção, a construção de Sequências Didáticas de Referência e Mapas de Progressão para o currículo, e a implementação de uma política de avaliação anual com disponibilização de microdados. No entanto, essas ações não alcançaram escala, não se adaptaram às diferentes realidades escolares e não conseguiram retroalimentar o processo com dados de aprendizagem de forma integral. Uma das causas identificadas é a não consolidação de um ambiente institucional que unifique currículo, dados, avaliações, práticas docentes e recursos digitais para servir como base de inteligência da SED. O resultado desse cenário é a fragmentação pedagógica e a necessidade de construção de maior integração e coerência entre diretrizes e prática docente.
Necessidade: A necessidade que se impõe é a de superar a fragmentação pedagógica e a incapacidade de personalização em escala. Isso exige uma solução que promova o alinhamento contínuo das práticas docentes às diretrizes municipais e que possibilite a personalização de materiais e estratégias para atender à heterogeneidade dos estudantes. É fundamental consolidar um ambiente institucional que unifique currículo, dados de avaliação, práticas docentes e recursos digitais, atuando como uma base de inteligência para a SED. Adicionalmente, existe a necessidade de desenvolver mecanismos que permitam a articulação integral das orientações pedagógicas, dos materiais de apoio disponíveis e dos resultados das avaliações. Por fim, a solução deve fornecer apoio em escala para que os professores possam articular todas as orientações pedagógicas e personalizar o material didático para seus alunos, suprindo a lacuna na capacidade de auxílio individual da SED. O objetivo é mitigar o risco de perda de coerência entre as diretrizes e a prática, evitando que instrumentos abertos amplifiquem as distorções pedagógicas.
Resultados esperados:
Adoção de práticas pedagógicas alinhadas às diretrizes municipais, refletindo conceitos como UbD, Visible Learning e ciências da aprendizagem.
Personalização em escala, permitindo adaptar atividades, materiais e intervenções ao nível de proficiência e ao perfil de cada aluno.
Maior inclusão pedagógica, com práticas responsivas às necessidades de estudantes com deficiências e transtornos de aprendizagem.
Produção e atualização contínua de materiais didáticos flexíveis e coerentes com o perfil da rede.
Fortalecimento da autonomia docente, com ferramentas que reduzam o retrabalho e apoiem decisões pedagógicas baseadas em evidências.
Integração de dados de avaliações, frequência e histórico escolar para orientar a prática pedagógica de forma automática.
Impactos esperados com a implementação:
Melhoria substancial da aprendizagem, com redução da defasagem e melhor progressão de níveis, especialmente nos grupos mais vulneráveis.
Aumento da consistência pedagógica em toda a rede, diminuindo a distância entre diretrizes da SED e práticas de sala de aula.
Fortalecimento institucional da SED, criando uma base pedagógica e tecnológica duradoura, independente de gestões.
Elevação da qualidade das formações continuadas, com vínculo direto entre formação, dados e prática docente.
Redução do retrabalho docente, aumento de autonomia e melhoria do clima organizacional.
Posicionamento de Joinville como referência nacional em inovação pedagógica e uso responsável de IA em políticas públicas educacionais.
Desafio 3 – Como podemos promover ainda mais sustentabilidade no município de Joinville ao viabilizar o tratamento de efluentes de esgoto com uma solução compacta, com qualidade, velocidade de instalação e aceitação social?
Descrição do problema: Como podemos viabilizar o tratamento de efluentes de esgoto com uma solução compacta, que ofereça qualidade, velocidade e aceitação social em territórios vulneráveis e de assentamento urbano de alta densidade, concentração aglomerada de residências e espaço reduzido, para o aumento da qualidade e universalização do saneamento básico.
Contextualização: A rede de esgotamento sanitário na cidade de Joinville - SC, operada pela Companhia Águas de Joinville (CAJ), tem apresentado um crescimento constante, mas ainda enfrenta desafios significativos para atingir a universalização. De acordo com dados recentes, o índice de atendimento da população fica em torno de 50,6%, o desafio central reside no baixo índice de coleta geral, significando que uma parcela significativa do esgoto gerado pela população ainda não é incorporada ao sistema.
A infraestrutura de tratamento de Joinville conta com 13 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). O município está alinhado com as diretrizes do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, que exige a universalização da coleta e tratamento de esgoto para 100% da população até o ano de 2035 e para cumprir essa meta ambiciosa, Joinville tem intensificado seus investimentos e apesar dos esforços, o volume de esgoto que é gerado na cidade e que acaba sendo lançado na natureza sem tratamento ainda é considerável, indicando a urgência na expansão. Contudo, para minimizar o impacto das áreas que não possuem cobertura da rede de esgotamento sanitário, a CAJ permite a implantação do sistema de tratamento através do conjunto fossa e filtro. O desafio é atender as regiões vulneráveis classificadas como favelas na cidade, pois conforme os dados do Censo 2022 apontaram que 3.103 pessoas residem nessas áreas, distribuídas em sete favelas e comunidades urbanas, onde o adensamento não ordenado e o traçado urbano irregular dificultam a instalação do conjunto fossa e filtro tradicional devido a área de influência ser muito grande para o seu correto dimensionamento e para a sua correta instalação, dificultando a instalação de um sistema individual de tratamento de esgoto, devido a características intrínsecas desses assentamentos, que impõem severas restrições espaciais e geotécnicas.
Necessidade: A solução tradicional para tratamento de esgotamento sanitário através do conjunto fossa e filtro é estruturalmente inviável para atender às necessidades de comunidades urbanas/favelas, devido à sua exigência elevada de espaço, tempo de instalação e geração de resíduos da implantação, que resulta em aumento de custos de implantação, como quebra de estruturas de piso, descarte, e recomposição das áreas afetadas pela implantação, assim como a baixa aceitabilidade social, devido ao transtorno prolongado para os moradores.
A ausência de uma solução que reduza a área e o impacto da instalação é o principal gargalo que impede o serviço público de atingir suas metas de eficiência e universalização de saneamento com qualidade, velocidade e aceitação social.
Resultados esperados: Devido às limitações de espaço e à inviabilidade da instalação de fossas e filtros tradicionais em comunidades urbanas e/ou favelas, o resultado esperado é:
A redução dimensional dos componentes e a melhora da eficiência do tratamento, garantindo que o sistema atenda à NBR 7229/1993;
Redução de 50% volume do conjunto fossa e filtro;
Facilidade de instalação em áreas com pouco espaço físico;
Diminuição do tempo de implantação do sistema no imóvel;
Esses resultados visam a compactação máxima e a simplificação da instalação, mitigando os problemas de espaço e transtorno que tornam o sistema tradicional inviável em áreas de alta densidade populacional.
Essas alternativas representam a inovação necessária para superar as dificuldades do "gargalo" espacial e social, possibilitando a universalização do saneamento em comunidades vulneráveis.
Impactos esperados com a implementação
Redução de custos de Implantação: A otimização e a compactação resultam em menor uso de materiais de construção civil, menos escavação e menor necessidade de recomposição de áreas. Isso gera economia para o poder público ou para o morador, tornando o saneamento mais acessível;
Melhoria do Conforto e Qualidade de Vida: Eliminação de odores desagradáveis e poças de esgoto a céu aberto nas proximidades das moradias. Isso gera um ambiente mais limpo e digno para as famílias;
Aceitabilidade Social Aumentada: O tempo de instalação reduzido e o menor impacto na estrutura do imóvel (minimizando quebra de pisos e paredes) tornam a solução bem recebida pelos moradores, facilitando o engajamento e a conclusão das obras;
Aceleração das Metas de Saneamento: A velocidade e a simplicidade da instalação permitem que o serviço público consiga conectar um número muito maior de domicílios em um período de tempo mais curto;
Proteção de Recursos Hídricos: O tratamento do esgoto na fonte protege córregos, riachos e lençóis freáticos que são frequentemente contaminados pela descarga de esgoto;
Melhoria da Saúde Pública: A instalação de sistemas de tratamento de esgoto (mesmo que individuais) elimina o lançamento direto de efluentes in natura em valas, vielas, no solo, rios, mangues entre outros. Isso reduz significativamente a proliferação de vetores de doenças de veiculação hídrica.
Desafio 4 – Como podemos implementar gestão eficiente de ponta-a-ponta de resíduos de construção civil?
Descrição do problema: Como o município de Joinville pode implementar uma gestão, logística, reaproveitamento e reciclagem de Resíduos de Construção Civil (RCC) não perigosos para rastrear, inventariar e padronizar o uso prioritário de agregados reciclados, a sustentabilidade da cadeia produtiva e a otimização de custos operacionais, em obras públicas.
Contextualização: O município de Joinville ainda trata os resíduos da construção civil de maneira tradicional com a destinação para aterros e tem o objetivo de atualizar para um tratamento mais moderno e sustentável, de aproveitamento proporcionado por novas tecnologias e aprimoramento de gestão de dados e rastreabilidade dos Resíduos de Construção Civil (RCC) não perigosos gerados em suas obras públicas. A causa central é a percepção anterior e tradicional de que a destinação final em aterros é mais simples e, aparentemente, mais vantajosa do que o investimento no processamento e reintrodução do material na cadeia produtiva (uso como agregado reciclado). Esse desafio é relacionado à necessidade de aprimoramento de uma infraestrutura municipal ou de parcerias privadas dimensionadas para a demanda de reciclagem das obras públicas, bem como por uma maior padronização técnica dos agregados reciclados, o que permitirá seu uso em novas construções. A raiz do problema é a necessidade de maior padronização, sistematização e integração da gestão, logística, reaproveitamento e reciclagem de resíduos de construção civilque integre de forma sistêmica e intersecretarial o inventário de geração de resíduos nas obras, a capacidade real de processamento/reciclagem e as especificações técnicas necessárias para o reuso seguro. A atuação com aprimoramento de rastreabilidade, inventário e precificação (custo-benefício) dos RCC gerados e reciclados permitirá a tomada de decisão baseada em economia circular que considera a redução do consumo de matéria-prima virgem e a minimização dos custos ambientais e de destinação final e dificulta a priorização política e o investimento em tecnologias que promovam a sustentabilidade ambiental (como a redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa - GEE). O maior reaproveitamento e reciclagem dos Resíduos de Construção Civil (RCC) não perigosos permitirá maior eficiência operacional, econômica e ambiental para o Município de Joinville, pois relaciona-se diretamente a otimização dos custos e a sustentabilidade das obras públicas e as metas ambientais.
Necessidade: É Fundamental estabelecer a padronização, sistematização e integração da Gestão de Materiais e Reciclagem/Reaproveitamento que integre de forma sistêmica e intersecretarial o inventário de geração de resíduos nas obras, a capacidade real de processamento/reciclagem e as especificações técnicas necessárias para o reuso seguro. Realização de inventário e precificação (custo-benefício) dos RCC gerados e reciclados para tomada de decisão baseada em economia circular — que considere a redução do consumo de matéria-prima virgem e a minimização dos custos ambientais e de destinação final — e a priorização política e o investimento em tecnologias que promovam a sustentabilidade ambiental (como a redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa - GEE).
Resultados esperados
Redução de custos com descarte de resíduos.
Economia em aquisição de matéria prima de base (agregados virgens), substituídos por agregados reciclados com qualidade comprovada.
Melhor cumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), do Plano Municipal de Saneamento Básico, das metas de sustentabilidade futuras e boas práticas ambientais em obras.
Redução de Impactos Ambientais (Neutralidade Climática), pela redução de Emissões de GEE pela diminuição do transporte de longas distâncias (curto-circuito produtivo) e pela não-extração de recursos naturais.
Acesso unificado, integrado e confiável às informações.
Fortalecimento da comunicação e colaboração interna.
Automatização de processos internos, eliminando tarefas manuais e aumentando a produtividade.
Impactos esperados com a implementação
Maior capacidade de adaptação e resposta, permitindo o município dimensionar rapidamente a infraestrutura de reciclagem e adequar as políticas de resíduos às mudanças legislativas (ex: novas metas de PNRS).
Fortalecimento da imagem ambiental do município de Joinville.
Economia estrutural de recursos a longo prazo, proporcionando “poupança” significativa resultante da redução da dependência de materiais virgens e da otimização de custos operacionais com transporte e destinação final (demonstrada pelo módulo de Custos evitados).
Fomento à Economia Circular e à cadeia de valor da construção civil, estimulando parcerias com cooperativas e empresas privadas de reciclagem (Logística Reversa Programada).
Inovação no poder público, com a incorporação de tecnologias limpas e de rastreamento digital (MTR, IoT) no dia a dia da fiscalização e do planejamento de obras, modernizando o serviço público
Melhoria na Qualidade e Conformidade das Obras.
Maior facilidade para a prestação de contas e acesso a dados sobre a destinação e o reuso de resíduos públicos, aumentando a satisfação e a fiscalização por parte dos cidadãos (transparência com inovação).
Desafio 5 – Como podemos unificar o atendimento de saúde, educação e esportes para neurodivergentes?
Descrição do problema: O desafio consiste em desenvolver uma solução que integre de forma coordenada os serviços de saúde (avaliação, diagnóstico, terapias, acompanhamento clínico), os serviços de educação (acolhimento escolar, adaptações pedagógicas, apoio especializado) e os serviços de esportes (fomento de políticas e práticas desportivas formais e não formais) para garantir um cuidado contínuo, articulado e centrado na pessoa neurodivergente.
Essa unificação busca superar a atual fragmentação entre as redes, promovendo:
comunicação efetiva entre profissionais dos dois setores;
redução da sobrecarga das famílias, que hoje funcionam como intermediárias;
garantia de inclusão, desenvolvimento e bem-estar do neurodivergente.
O desafio, portanto, é criar mecanismos que permitam que escola, equipe de saúde, esporte e família atuem como uma única rede, compartilhando informações, responsabilidades e objetivos, respeitando a singularidade de cada pessoa.
Contextualização: Neurodivergentes são indivíduos, que se enquadram em um espectro, cujos cérebros funcionam de forma diferente do padrão considerado típico, abrangendo condições como autismo (TEA), TDAH e dislexia. O termo, cunhado pela socióloga Judy Singer, enfatiza que essas variações neurológicas são parte da diversidade natural da cognição humana e não patologias a serem curadas. A inclusão de neurodivergentes envolve respeito, adaptações, instrumentalização e conscientização para criar ambientes mais acolhedores e equitativos.
Não existe "lei específica referente a neurodivergentes" federal, mas sim diversos projetos de lei em tramitação que visam criar uma política nacional de proteção e equiparar pessoas neurodivergentes a pessoas com deficiência. As leis atuais que garantem direitos incluem a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015), a Lei do Autista (Lei 12.764/2012), a Constituição Federal e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Em 2025, o critério de renda para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para crianças com TEA e TDAH foi definido como até um quarto do salário mínimo (cerca de R$ 379,50 em 2025), além da avaliação médica e social ser obrigatória. No mesmo ano, foi alterada a Lei nº 12.764/2012 para garantir o direito à nutrição adequada e à terapia nutricional para pessoas com autismo, conforme protocolos clínicos e por profissionais habilitados (Lei nº 15.131/2025), o Congresso também aprovou projetos como a expansão do diagnóstico em adultos e idosos (Lei nº 15.256/2025) e o direito à identificação de pessoas com deficiência oculta, através do uso do cordão de fita azul. O Projeto de Lei nº 1526/2025, que está em tramitação, prevê a capacitação continuada de professores e funcionários em escolas públicas e privadas para a inclusão de alunos com TEA. Esse projeto garante ainda a prioridade na tramitação de processos judiciais em que pessoas com TEA sejam parte e prevê penalidades para escolas que não cumprirem a legislação.
Em Joinville, o apoio e atendimento para neurodivergentes em serviços públicos inicia na Unidade Básica de Saúde (UBSF) para suspeitas de DI (deficiência intelectual) ou TEA, que encaminha para o NAIPE (Núcleo de Atenção Integral à Pessoa com Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro do Autismo, referência municipal para diagnóstico e reabilitação, com equipe multidisciplinar (médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais assistente social, nutricionista, psicólogos e enfermeiros). Como o NAIPE, há clínicas e centros especializadas (Superarsi, Integrar, Espaço Junior, Pequeno Cotolengo Joinvilense, Unique Terapia ABA), profissionais particulares (psicólogos, psiquiatras) e associações e grupos de apoio, como TEApoio e a AMA Joinville, com a proposta de um grande centro de atendimento e a expansão de unidades, focando em atendimento multidisciplinar e individualizado para diversas idades e necessidades.
Atualmente, existe uma lacuna e grande oportunidade de atuação e melhoria na comunicação e no compartilhamento de dados entre as Secretarias de Educação (escolas) e de Saúde (unidades de saúde, CAPS, ambulatórios especializados). A atuação atual resulta em uma abordagem fragmentada, onde os Planos de Desenvolvimento Individual (PDIs) na escola frequentemente não se alinham com os Planos Terapêuticos Singulares (PTSs) da saúde. A personalização do acompanhamento é dificultada pela falta de um prontuário único/ficha integrada que registre e monitore o desempenho acadêmico, o desenvolvimento social, as intervenções clínicas (fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia) e os marcos de desenvolvimento.
As soluções atuais geralmente são pontuais e não integram efetivamente as duas áreas:
1. PDIs Manuais: Planos de Desenvolvimento Individual preenchidos principalmente em papel ou documentos de texto, desconectados do prontuário médico e das práticas pedagógicas.
2. PTS: Plano terapêutico singular não integrado entre saúde e educação, não sendo possível compartilhar desafios ou ganhos na execução das terapias.
3. Encaminhamentos por Ofício: Comunicação entre a escola e a unidade de saúde (e vice-versa) via ofícios e relatórios impressos, gerando lentidão e extravio de informações.
4. Sistemas de Prontuário Eletrônico Fragmentados: Cada secretaria possui seu próprio sistema (e-SUS, sistemas escolares), que não "conversa" entre si.
5. Associações e ONGs: Entidades do terceiro setor muitas vezes preenchem a lacuna, oferecendo acompanhamento mais integrado, mas sua escala e alcance são limitados no sistema público e seus resultados também não são compartilhados com os serviços de saúde e de educação.
Necessidade: Resolução da descontinuidade e Dissociação de Dados, pois os sistemas de informação da Saúde e da Educação operam em silos, sem interoperabilidade ou protocolo de compartilhamento de dados sensíveis de maneira segura e ética (em conformidade com a LGPD). Aprimoramento da capacitação e oferta de ferramentas e métodos que são limitados, professores, educadores e profissionais de saúde (especialmente na atenção primária) nem sempre possuem formação ou ferramentas digitais adequadas para realizar avaliações padronizadas, monitorar o progresso em tempo real e personalizar as intervenções de forma escalável. Fomento de engajamento, orientação e envolvimento familiar e comunitário para alcance de comunicação assertiva e a participação ativa das famílias no acompanhamento dos planos terapêuticos e educacionais de forma mais eficiente, melhorando a continuidade das intervenções fora dos ambientes escolares e clínicos.
Resultados esperados:
Taxa de Interoperabilidade: Aumento da proporção de alunos neurodivergentes com PDI alinhado ao PTS no sistema integrado.
Desenvolvimento Educacional: Aumento da Progressão Acadêmica (Taxa de Proficiência) (Variação no desempenho em áreas-chave do PDI/PTS).
Saúde e Bem-Estar: Redução no Tempo de Espera por Terapia/Diagnóstico (Tempo médio entre o encaminhamento escolar e o início da intervenção clínica)
Engajamento: Aumento da Taxa de Adesão e Participação Familiar (Proporção de famílias que acessam/utilizam o painel de acompanhamento integrado mensalmente).
Clima Escolar: Redução de Incidentes de Exclusão/Violência (Índice de ocorrências de bullying e conflitos relacionados à neurodivergência).
Impactos esperados com a implementação:
● Desenvolvimento de Potenciais: Realização de intervenções mais coordenadas e personalizadas para resultar um desempenho superior do potencial, especialmente em habilidades sociais e acadêmicas cruciais.
● Diminuição da Evasão e do Bullying: A ausência de suporte adequado e a sensação de não pertencimento podem levar ao abandono escolar ou ao sofrimento de violência e exclusão.
● Diminuição da sobrecarga e Estresse Familiar: Pais e responsáveis se sentem desamparados e sobrecarregados pela necessidade de gerenciar informações e coordenar a comunicação entre múltiplos profissionais e instituições.
● Uso mais eficiente de Recursos Públicos: A duplicação de esforços, a realização de diagnósticos repetidos e a aplicação de terapias desalinhadas resultam em desperdício de recursos humanos e financeiros.
Desafio 6 – Como podemos aprimorar o patrulhamento e a segurança de patrimônios e da população ao realizar o treinamento tático da Guarda Municipal de Joinville diminuindo despesas e dificuldades com munições e demais infraestruturas adequadas?
Descrição do problema: O método de capacitação obrigatório atual da Guarda Municipal possui oportunidades para alcance de redução de custos e excelência operacional. A Administração necessita de métodos que permitam o aprimoramento de padronização e a segurança no treino de cenários táticos complexos e habilidades comportamentais sem gerar altos custos intrínsecos, e aumentando a capacidade e qualidade de patrulhamento e atendimento à população.
Contextualização: A obrigatoriedade desta capacitação e treinamento contínuo é fundamental e estabelecida por diversas normas legais (Decreto Federal nº 11.615/2023, Instrução Normativa DG/PF Nº 310/2025, Acordo de Cooperação Técnica Município de Joinville/SC - Polícia Federal n° 08494.001217/2020-96 e PORTARIA 043/2021 – SEPROT) para garantir o porte de arma e a qualidade do serviço prestado. A pressão de custos envolve: custo financeiro direto (instrutores, materiais didáticos e consumíveis de alto valor como munições). Custo logístico/infraestrutura (ausência de espaços físicos próprios como estandes de tiro e dependência de parcerias com terceiros). Tempo adicional e custo para deslocamento, somado ao tempo efetivo de treinamento (o tempo total de 80 horas anuais).
Necessidade: Melhorar a gestão da logística contribuindo com a entrega maior de resultados, valor e a satisfação da sociedade. Para isso, é necessário superar a ausência de espaços físicos especializados próprios e a dependência de parceria com terceiros para otimizar a carga horária obrigatória, atualmente com tempo adicional de deslocamento e logística. Uma solução é necessária para diminuir custos operacionais atuais dos métodos tradicionais que resultam na baixa exposição do agente a situações táticas complexas e na dificuldade na padronização do desempenho desses treinamentos, garantindo uma força de segurança bem preparada e resolutiva.
Resultados esperados:
Melhoria na qualidade e padronização do treinamento.
Elevação da resolutividade da Guarda Municipal.
Padronização e segurança no treino de cenários táticos mais complexos.
Garantia da exposição dos agentes a situações e cenários complexos.
Cumprimento da frequência e carga horária treinamento com maior padronização e qualidade ideais do treinamento obrigatório.
Redução no custo e otimização do tempo do agente.
Diminuição do custo logístico e operacional.
Diminuição dos gastos recorrentes com consumíveis (munições) e com o risco operacional associado à dependência externa.
Redução do desfalque significativo de agentes fora das ruas, otimizando e diminuindo o tempo adicional de deslocamento e logísticos dos agentes e garantindo que as 80 horas anuais sejam cumpridas com mínima interrupção do serviço.
Desenvolvimento de métodos que possibilitem a padronização e a segurança no treino sem gerar custos intrínsecos de consumíveis e infraestrutura física complexa com dependência externa.
Métodos de treinamento que utilizam simulação imersiva baseada em ambiente digital e tecnologia de interação para possibilitar a padronização e segurança no treino, sem gerar custos recorrentes de insumos ou a necessidade de infraestrutura física complexa com dependência externa.
Apresentação, construção de conhecimento do patrimônio público e realização de treinamentos imersivos em ambientes simulados (tais como edificações de hospitais, escolas e demais órgãos públicos do município) sem a alteração da rotina de atividade dos mesmos. Como por exemplo, em cenários digitais que replicam espaços reais. Imersão em diferentes ambientes, reproduzindo atividades que exigem conhecimento técnico, tornando a atuação do profissional mais assertiva e precisa.
Impactos esperados com a implementação:
Impacto na segurança e serviço público, com o aumento da resolutividade da força de segurança, melhor entrega dos resultados à sociedade, aumento da satisfação e maior segurança de que o treinamento será mantido na qualidade ideal.
Transformação do treinamento obrigatório em excelência operacional dos agentes.
Aprimorar o treinamento como um investimento estratégico para melhor atendimento e segurança à comunidade.
A Administração conseguirá absorver os gastos recorrentes de forma mais eficiente.
Melhoria na preparação dos agentes e otimização do tempo.
Mitigação do risco operacional imposto pela dependência de terceiros.
Desafio 7 – Como podemos melhorar a tomada de decisões a partir de informações confiáveis e detalhadas sobre o fluxo turístico?
Descrição do problema: Solução analítica e inteligente de dados sobre o perfil e comportamento de turistas na cidade de Joinville para tomada de decisões estratégicas e otimização do valor público
Contextualização: O desafio central que a prefeitura de Joinville enfrenta reside na impossibilidade operacional e na limitação metodológica de estabelecer uma mensuração acurada e contínua do fluxo e do comportamento do visitante em um contexto de alta dispersão geográfica e livre trânsito urbano. Atualmente, os dados apresentados são amplamente auto declaratórios e não conseguem contemplar a totalidade necessária para uma visão holística do perfil do turista, nem permitem a correta mensuração do impacto das atividades turísticas na cidade.
Necessidade: A necessidade de uma nova solução reside na insuficiência e na baixa fidelidade dos dados, manifestada em três lacunas. Primeiro, a excessiva dependência de dados auto declaratórios (como pesquisas de campo e registros manuais - caso dos museus) gera um significativo viés de coleta, alta taxa de abstenção no envio e preenchimento de informações e, crucialmente, falha na segregação estatística entre turista, residente e alunos e outros. Segundo, as arquiteturas atuais não conseguem monitorar ambientes não controlados (como turismo rural, náutico e grandes eventos), o que impede a obtenção de dados granulares importantes, tais como origem, tempo de permanência real em hospedagens compartilhadas (Airbnb por exemplo) e a inferência do comportamento de consumo (ticket médio gasto na cidade). Por fim, as soluções baseadas em hardware dedicado (Câmeras) não conseguem captar esses dados, e a contratação de pesquisa tradicional se mostra antieconômica e extemporânea, falhando em suprir a demanda por dados contínuos em tempo real. Buscas preliminares de mercado apontaram a inexistência de uma solução de prateleira que atenda, de forma simultânea e satisfatória, aos requisitos essenciais de mensuração em ambientes de livre trânsito, granularidade de perfil, alta acurácia e sustentabilidade econômico-financeira. Portanto, a natureza complexa e multifacetada do problema exige uma abordagem disruptiva, que vá além das aquisições usuais. É imperativa a integração de múltiplas fontes para o desenvolvimento de um ecossistema de dados cujo modelo ainda não está consolidado ou comercialmente acessível como produto acabado.
Resultados esperados
A solução deverá atingir uma acurácia mínima de 90% na identificação e validação do perfil, origem e tempo de permanência do turista, comprovada por relatórios de validação cruzada com fontes externas auditáveis.
Demonstração da mensuração do fluxo de, no mínimo, 85% do total estimado, incluindo ambientes de livre trânsito, rota e consumo (bares, restaurantes).
Impacto Fiscal (ROTI): Comprovação do aumento da arrecadação de ISS/ICMS do setor turístico superior à média histórica ou ao crescimento do PIB.
Usabilidade e Utilização: O sistema deve ser de fácil operacionalização, com baixa dependência de pessoal qualificado e uma boa taxa de adesão dos usuários internos (Servidores Públicos), mensurável pela frequência de utilização dos dashboards, possua integração e respeite exigências de segurança da Prefeitura Municipal de Joinville.
Impactos esperados com a implementação
Empoderamento da Gestão: Os usuários terão sua capacidade técnica ampliada, podendo exercer suas funções com maior excelência e assertividade. A disponibilização de dados em tempo real possibilitará a proatividade na gestão, permitindo a antecipação estratégica de demandas e gargalos operacionais, resultando em um planejamento mais eficaz e na otimização da entrega de valor público à sociedade.
Fomento Econômico Informado: A disponibilização de insights e dados confiáveis proporcionará ao Setor Privado a mitigação do risco de investimento e a otimização de ofertas (produtos, serviços e precificação) com base na demanda real e no perfil de consumo. Este conhecimento preditivo e detalhado é o motor para a expansão da atividade econômica, contribuindo diretamente para o aumento da rentabilidade do setor e a consequente geração qualificada de renda e emprego no município.
Melhoria na Qualidade de Vida: A capacidade de otimizar os serviços públicos essenciais — como segurança, transporte e infraestrutura — com base no conhecimento preciso da demanda real dos fluxos de visitantes, resultará em um duplo benefício social. Garantirá não apenas uma experiência turística aprimorada, mas, crucialmente, promoverá o equilíbrio e a sustentabilidade no uso dos recursos municipais, assegurando que o crescimento do setor turístico seja agregador e não onere a qualidade de vida do residente.
Conformidade Legal (LGPD): A Solução deverá garantir a segurança integral, a “pseudonimização” e a anonimização efetiva dos dados pessoais, em estrito cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados. De forma a mitigar os riscos de percepção de vigilância, mas também para assegurar a integridade, confidencialidade e disponibilidade de todas as informações sob custódia da Administração Pública, conforme as melhores práticas de Segurança da Informação e os princípios de legalidade e transparência.
Desafio 8 – Como podemos aprimorar os serviços de saúde por meio de gerenciamento mais ágil e seguro da execução dos serviços de prestadores credenciados da Secretaria de Saúde de Joinville?
Descrição do problema: O problema central da Secretaria de Saúde de Joinville é a melhorar a comprovação de forma clara e eficaz a execução dos serviços de terapias e exames por prestadores credenciados. A comprovação é vital para garantir a qualidade dos serviços prestados, evitar fraudes e erros operacionais, certificando a presença do paciente e o tempo de atendimento (para terapias) ou a emissão do laudo (para exames).
Contextualização: A Secretaria de Saúde (SES) e o Prestador atualmente têm acesso ao mesmo relatório de conferência e faturamento de serviços executados, no mesmo sistema integrado de gestão em saúde (SIGS) utilizado pelo Prestador para receber as guias e fazer as baixas (execução) dos procedimentos. O desafio se agrava devido à Quantidade de Prestadores (cerca de 50), ao Volume de Procedimentos a serem certificados (cerca de 2,3 milhões/ano) e à Tendência de Crescimento (devido ao aumento populacional e da procura por serviços). A atuação atual para a comprovação gera sobrecarga de trabalho operacional e oneroso para o gerenciamento e realização dos pagamentos, além de causar dificuldades e atrasos no recebimento para os Prestadores. As tentativas anteriores de resolução, como aprimorar controles manuais e o registro eletrônico simples no SIGS, falharam por aumentar a burocracia e a sobrecarga, necessitando o aprimoramento da qualidade, do tempo de atendimento e do registro de presença e tempo de atendimento.
Necessidade: A Secretaria de Saúde de Joinville necessita de uma solução para melhorar os serviços de saúde oferecidos e que permita que a comprovação da execução do serviço de terapias e exames de prestadores credenciados seja feita de forma mais ágil, segura e com menor ou sem riscos de erros ou suscetível à fraudes. Isso deve ser feito integrando o registro de presença em tempo real, tempo de atendimento e laudos, para garantir a rastreabilidade eficaz, a comprovação digital, evitar falhas operacionais, aumentar a confiabilidade e reduzir os controles manuais. Essa comprovação é necessária para garantir a integridade e o uso eficiente do recurso público, diminuir a sobrecarga de trabalho e mitigar a vulnerabilidade a fraudes documentais.
Resultados esperados
A implementação da solução deverá resultar em uma elevação significativa da confiabilidade e da segurança na comprovação dos serviços de saúde executados pelos prestadores credenciados. Espera-se que este novo modelo operacional promova uma redução drástica da necessidade de controles manuais e, consequentemente, do tempo total necessário para a certificação dos procedimentos, otimizando o fluxo de trabalho da Secretaria de Saúde (SES).
Com o acesso a dados de comprovação mais robustos e inequívocos, será possível direcionar o esforço da SES para uma auditoria de caráter estratégico, abandonando o foco na verificação operacional contínua. Por fim, a melhoria na eficiência e a rastreabilidade garantida permitirão um fluxo de pagamento mais rápido e previsível para os Prestadores, minimizando o retrabalho administrativo para ambas as partes envolvidas.
Impactos esperados com a implementação
Governança e Transparência: Fortalecimento da imagem da SES e maior segurança contra fraudes. Eficiência e Produtividade: Profissionais da SES liberados da conferência manual e padronização dos processos internos de registro nos 50 prestadores.
Análise Estratégica: A coleta de dados de execução em tempo real permite a Análise de Dados Estratégica, identificando gargalos e a eficácia clínica dos tratamentos. Satisfação dos Atores: Satisfação das necessidades dos Prestadores com pagamento mais rápido e previsível e satisfação dos setores internos com maior segurança jurídica nos pagamentos.
Desafio 9 - Como podemos gerir de forma integrada o ciclo de vida completo de obras, manutenção e serviços de infraestrutura?
Descrição do problema: A fragmentação dos dados em todo o ciclo de vida dos projetos de infraestrutura e serviços compromete uma administração pública eficiente baseada em resultados. Atualmente, controles de financeiro, quantitativos, medições, cronogramas e indicadores são realizados em sistemas distintos e não integrados, exigindo articulação manual via planilhas. Essa desarticulação gera ineficiência no planejamento, pois a falta de precisão orçamentária e de prazo eleva o risco de custos e aditivos contratuais. Na execução e fiscalização, há uma falta de visão completa, ausente a integração de gerenciamento de projetos, gestão financeira e gestão de saúde e segurança (SSO). Adicionalmente, a gestão se restringe primariamente a projetos de obra, sem cobrir as etapas de manutenção urbana, manutenção de edificação pós-obra, controle de estoque e a gestão de quantitativos de Atas de Registro de Preços e sem suporte para integração Building Information Modeling (BIM) do projeto.
Contextualização: A SEINFRA (Secretaria de Infraestrutura Urbana) atua em duas vertentes: construção e manutenção, dos sistemas de infraestrutura como pavimentação (calçamento e asfalto), drenagem, pontes, obras estratégicas, patrolamento, manutenção e conservação de algumas áreas públicas do município como praças, através de roçada, e também serviços como limpeza urbana, iluminação ‘pública, transportes, rodoviária e cemitérios. Para o atendimento dessas demandas são licitados e contratados diversos serviços, equipamentos e materiais. Para controle financeiro hoje é utilizado um sistema (e-pública), para controle de quantitativo são utilizadas planilhas, para gestão dos serviços de zeladoria outro sistema (GSEC), para visualização de resultados e dashboards, google planilhas e looker studio. Para projetos, são utilizados contratos terceirizados, ou elaborados dentro da própria SEINFRA ou outras secretarias, como SEPUR, dificultando a compatibilização e gestão integrada das diversas disciplinas do projeto, da obra e do avanço tanto físico como financeiro. Com isso, o problema manifesta-se em duas grandes ineficiências
- Ineficiência e Desalinhamento na Fase de Planejamento: As soluções em uso são insuficientes para garantir a precisão de prazo e orçamento. Isso gera risco de custos inflacionados e dificuldade de engajamento de parceiros de excelência e ainda pode gerar aditivos contratuais, tanto de valor como de prazo
- Desarticulação na Execução e Fiscalização Contratual: As ferramentas são inadequadas para gestão padronizada e lean. Há uma Falta de Visão 360º (ausência de integração simultânea de Gerenciamento de Projetos, Gestão Financeira e Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional - SSO). Essa desarticulação impede o acompanhamento completo da obra e compromete a Governança.
Necessidade: A necessidade principal é a transformação completa para um modelo de gestão integrado e retroalimentado, que garanta a precisão orçamentária e a fiscalização em tempo real. Este novo modelo precisa incorporar a gestão do ciclo de vida completo dos serviços e obras de infraestrutura. Isso inclui a gestão de obras, serviços de manutenção urbana/zeladoria (em Unidades Regionais de Obras) e manutenção predial de edificação pública (em Unidade de Obras), acompanhando as Ordens de Serviço (OS) de manutenção. É necessário incorporar informações quantitativas e visualização geométrica, e também integrar o controle de quantitativos das Atas de Registro de Preços e a gestão de estoque relacionada aos contratos. Por fim, também assegurar a integração da gestão de SSO. O desafio exige a superação de barreiras internas e a busca por mecanismos legais para a contratação de soluções de inovação que atraiam o mercado.
Resultados esperados :
Segurança Contratual e Redução de Riscos: Diminuição significativa da taxa de variação de aditivos contratuais de prazo ou preço.
Maior previsibilidade e segurança da execução total para a administração pública, parceiro privado e ente financiador.
Transformação Interna e Governança Elevada: Migração para uma gestão orientada por dados, comprovada pela criação de telas de monitoramento Business Intelligence (BI).
Consolidação da Metodologia Lean (evitando desperdícios) e o uso de modelos de informação.
Padronização da fiscalização e controle dos serviços e execução (incluindo serviços de manutenção e zeladoria).
Integração BIM: Banco de projetos das obras integrado, visualização 3D, integração dos quantitativos;
Impactos esperados com a implementação
O orçamento final da Secretaria de Infraestrutura impacta menos o orçamento global, o que representa um aumento na capacidade de investimento do município sem aumentar a arrecadação.
O alcance do contexto desejado será comprovado pela criação de telas de monitoramento BI.
Aumento da transparência e da governança.
Elevação da credibilidade junto à população e aos órgãos de controle.
Aumento da eficiência gerando uma economia resultante da precisão.
Documento assinado eletronicamente por William Escher, Secretário (a), em 10/12/2025, às 16:27, conforme a Medida Provisória nº 2.200-2, de 24/08/2001, Decreto Federal nº8.539, de 08/10/2015 e o Decreto Municipal nº 21.863, de 30/01/2014.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://portalsei.joinville.sc.gov.br/ informando o código verificador 27819814 e o código CRC 8029E7D3.
Rua Max Colin, 550 - Bairro América - CEP 89204-040 - Joinville - SC - www.joinville.sc.gov.br